17 de outubro de 2011

Ubuntu 11.10: agora com kernel 3.0

O pessoal da Canonical deu um passo a frente com a nova versão de sua distribuição Ubuntu. Além de uma repaginada no visual com a nova versão da interface Ubiquity, o coração do sistema é também novo. Se não me engano, é a primeira distro popular a vir com o kernel 3.0 de fábrica. O kernel é o núcleo do sistema operacional onde se encontram as funções que controlam o computador e também dispositivos, execução de programas além da interface com o usuário.

Apesar na mudança da versão, não houve diferenças significativas entre as versões 2.6 e 3.0. O que houve foi uma mudança na maneira em que as versões foram batizadas, onde a versão do kernel deixou de ser composta por 4 números e sim por três. A versão anterior era a 2.6.40.2 enquanto a nova versão passou a ser 3.0.2, por exemplo. O segundo número da identificação de versão deixou de ser utilizado. Essa mudança na nomenclatura das versões faz parte das comemorações dos 20 anos do kernel do Linux. A nova versão do Kernel foi anunciada por Linus Trovalds, o criador do Linux, em junho deste ano.

O novo Ubuntu conta com mudanças na interface e na tela de login, permitindo uma pessoa entrar como convidado no computador. Conta com novas versões de aplicativos populares como o LibreOffice, Firefox, e mudou o seu cliente de e-mail: sai o Evolution e entra o Mozilla Thunderbird em seu lugar.

25 de agosto de 2011

Dar nome aos bois

Em tecnologia, a lógica é fator determinante para quase tudo. Em um campo de atuação onde a técnica e a exatidão são exigidas, qualquer ação sem propósito pode culminar em fracasso. E para que isso não ocorra, é preciso se utilizar de embasamento lógico, ou de uma técnica que permita a solução do problema de maneira eficiente.
Asssim, buscar ao máximo a organização dos recursos de trabalho, permite agilizar o processo de concepção, de correção de eventuais desvios ou ainda de modificação de projetos em qualquer área de atuação tecnológica.
E dar a nomenclatura certa a elementos do trabalho é de suma importância. Em um projeto de redes, por exemplo, é importante dar a nomenclatura correta para os nós da rede, como estações de trabalho, roteadores e servidores.
Abordamos na última aula estes aspectos e como eles podem nos ajudar ou atrapalhar na solução de problemas. Estabelecer um padrão de nomenclatura coerente auxilia o analista ou técnico no tratamento e mitigação de problemas operacionais.
Citei a hipotética história do analista que batizou os roteadores com nomes e sabores de marca de refrigerante e que quando ele saiu, ninguém mais conseguiu resolver os problemas com os roteadores da empresa.
Interessante entender deste exemplo, como a falta de critério pode ser prejudicial a qualquer aparato tecnológico. E mesmo que esses critérios estejam fora de padrão, devem seguir uma lógica, e se possível, documentar tudo.
A documentação apresenta a linha de raciocínio do engenheiro do projeto, de forma que um outro profissional, de nível técnico semelhante, possa dar prosseguimento aos trabalhos.
Trabalhar de forma empírica pode ser uma solução, mas não deve ser uma solução final, pois está crua e deve ser desenvolvida.
Por fim, devemos sempre buscar aprimorar nosso trabalho, buscando na técnica, lógica, informação e coerência, prover soluções adequadas às nossas demandas.

3 de julho de 2011

10 pecados cometidos ao instalar uma rede sem fio

  1. Instalar um AP em qualquer lugar – A antena fica obstruída por algum obstáculo e piora a qualidade da comunicação sem fio. Também deve-se evitar instalar AP’s onde há um forte campo eletromagnético como bobinas, antenas de TV, quadros de luz, etc.
  2. Ativar a Rede sem fio sem configurar – Com a rede aberta, qualquer um terá acesso e além de “roubar” sua internet, poderá ter acesso a seus dados, sem contar que isto piora a qualidade da sua conexão e da sua internet.
  3. Comprar roteador doméstico com wireless, sem necessidade – Se não houver em casa algum dispositivo com Wi-Fi, não compre a menos que tenha planos de ter dispositivos Wi-Fi no futuro. Prefira roteadores domésticos sem AP, mas são difíceis de encontrar. Se não houver jeito, desative a função wireless do roteador doméstico, se não houver dispositivos de rede sem fio em casa.
  4. Usar senhas fáceis de deduzir – Prefira WPA a WEP, pois há uma melhora da qualidade da senha. Utilize senhas complexas (com letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais), e evite senhas fáceis de deduzir como números de telefone, datas de aniversário, nomes de pessoas e pior, o nome da rede sem fio.
  5. Deixar o AP ou roteador doméstico ligado o tempo todo – É um erro comum que até eu cometo. Mas há duas razões para desligar seu roteador quando não estiver em uso. O primeiro é pela economia de energia que você terá no mês. E o segundo pela segurança. Para descobrir uma senha de uma rede sem-fio leva tempo, muito tempo, horas a fio! Se deixar ligado o tempo todo, um bom hacker consegue quebrar a senha da rede.
  6. Usar uma antena muito potente sem necessidade – É a mesma coisa que um jovem botar um som no último volume pra ouvir no carro ou no quarto. Além de incomodar os outros, pode também permitir que a vizinhança faça a festa usando seu som. Uma potência elevada no sinal de rede sem-fio pode causar interferência nas outras redes sem-fio ou em outros aparelhos que operem na frequência de 2,4 GHz, como alguns modelos de telefones sem fio. Para piorar, uma antena aumenta o raio de alcance da rede permitido que mais pessoas possam entrar na sua rede.
  7. Instalar AP em locais com muitos obstáculos – Frisando o item 1, mas em local interno. Não adianta colocar um AP em um local onde há muitos obstáculos como estantes, ventiladores, armários e paredes. Seria como falar com a mão tapando a boca. De perto é possível entender alguma coisa, mas de longe… Que??? Não entendi!
  8. Tentar instalar o AP sem saber nada do assunto – Para instalar um AP, achismos não funcionam. É preciso conhecer minimamente o que é uma rede sem fio e como ela funciona. Se configurar errado é capaz de não funcionar adequadamente ou pior, permitir que outras pessoas entrem de bico na sua rede. Procure saber mais a respeito ou pedir ajuda a quem saiba.
  9. Não ler o manual de instruções do AP – É importante que o usuário leigo ou mais experiente leia o manual do proprietário onde contém as orientações básicas de rede wireless, além de saber quais as funcionalidades suportadas ou não pelo aparelho.
  10. Pedir ajuda a quem não entende do assunto – Tem muito “micreiro” que pensa que sabe tudo. E em vez de ajudar só atrapalha, pois não sabe nadica de nada de redes Wi-Fi. Então, procure alguém que seja perito, não curioso, no assunto. Ou melhor, por sua conta e risco, aprenda a operar, pois é melhor aprender a mexer com Wi-Fi do que gastar com alguém que não saiba nada e ainda deixe você na mão.

7 dicas de configuração de redes sem fio em casa

  1. Posicione o Access Point em um local estratégico – O local ideal deve ser em um ponto alto e livre de obstáculos. A melhor forma de saber se o Access Point está em um local adequado é simplesmente verificando se a antena dele está visível em qualquer ponto do ambiente onde está instalado.
  2. Evite utilizar nomes de SSID que o identifique ou facilite o seu acesso – Evite batizar sua rede sem fio com o seu nome, com o mesmo nome da senha, ou ainda, com um apelido que você tenha entre seus vizinhos. Também não repita no nome da rede a senha de seu acesso.
  3. Torne sua rede sem fio oculta – Para ocultar sua rede, basta desativar no Access Point o recurso SSID Broadcast. Isto faz com que o nome da rede não seja divulgado e assim, para que alguém acesse a sua rede precisaria digitar o nome dela. Ainda sim é possível descobrir o nome da rede, mas requer um método mais aperfeiçoado de busca. Isto reduz a possibilidade de leigos tentarem entrar na sua rede.
  4. Escolha a criptografia certa – Escolha o melhor método de proteção por senha adequado a sua rede. nem sempre o método mais avançado para ambientes domésticos que é o WPA2, é suportado pelos aparelhos que você tem em casa. Existem dispositivos mais antigos ou mais simples que não suportam este tipo de autenticação. Por isso, recomenda-se ler o manual de instruções dos dispositivos e computadores que irão se conectar ao Access Point.
  5. Escolha o padrão Wi-Fi certo – O padrão Wi-fi determina a velocidade máxima suportada pela rede. O padrão 802.11b tem velocidade máxima de 11 mbps, enquanto o 802.11g vai até 54 mbps e o 802.11n, por sua vez vai até 600 mbps. A questão é que nem todos os dispositivos suportam todos os padrões. Há equipamentos que suportam até 802.11g e outros que somente suportam 802.11b. Há AP’s que detectam automaticamente o padrão, mas nem sempre é reconhecido pelo dispositivo. A dica é utilizar o padrão utilizado pelo dispositivo mais antigo ou simples.
  6. Escolha um canal de rádio diferente – O sinal de Wi-fi é um sinal de rádio, mas somente utiliza-se uma parte do espectro disponível para a comunicação. A esta parte chamamos de canal. É igual na TV e no rádio, para ver um programa, você precisa sintonizar um canal para assistir. O que acontece é que a grande maioria dos Access Points e roteadores domésticos configuram por padrão o canal 6 para comunicações Wi-fi. Seria como se todos estivessem conversando em uma mesma sala assuntos distintos, tendo momentos em que uma conversa vai atrapalhar a outra. Assim, em um local onde existam muitas redes sem fio escolha um canal diferente, conforme imagem abaixo. O canal 14 somente deverá ser utilizado se o dispositivo suportar (geralmente fabricado no Japão). Outra dica: utilize os canais 11 ou 12 para o máximo de compatibilidade, pois todos os dispositivos podem se comunicar nestes canais.
  7. Ative o MAC Filter – Esta é uma dica de segurança e somente utilize se seu roteador doméstico ou Access Point suportar (a grande maioria desses aparelhos suportam essa função). É um filtro que permite acesso somente a computadores registrados no AP. O registro é feito por MAC Address, que é o endereço físico da placa de rede sem fio do dispositivo. É preciso ter acesso ao manual de instruções do aparelho ou a ajuda do sistema operacional para ter acesso a informação. Uma dica: o próprio router pode cadastrar os dispositivos para acessar a rede, basta ver na configuração os dispositivos conectados e gravar seus dados no router. Esta é a segurança máxima que existe, pois mesmo que descubram a senha da rede, um dispositivo que tente entrar nela, não consegue acesso.

Principais termos para configuração de AP (Access Point)

  • SSID – Nome (ou identificador) de uma rede sem fio.
  • SSID Broadcast – Sinal enviado pelo access point que torna uma rede visível em seu raio de alcance. Isto ocorre quando ocorre a difusão de pacotes contendo dados da identificação da rede.
  • Método de criptopgrafia da rede -  é a forma como a rede é protegida a rede com controle de acesso por senha e criptografia de dados. Quanto a criptografia, uma rede pode ser aberta (sem criptografia), protegida com senha WEP, WPA ou WPA2.
  • MAC Filter – Recurso de alguns roteadores ou AP’s que permite permitir ou bloquear o acesso pelo endereço físico (MAC Address) da placa de rede sem fio.

21 de março de 2011

Sistemas Operacionais

Ao falarmos de Sistemas Operacionais muitas pessoas pouco entendem a importância de um bom sistema operacional no desempenho de seus dispositivos. Cito dispositivos pois agora Sistema Operacional deixou de ser, há muito tempo, coisa exclusiva de computador. A tecnologia da informação vive hoje uma fase de convergência: os recursos tecnológicos deixaram de ser apenas restritos a um conjunto limitado de aparelhos padronizados (os computadores) e passaram a estar embutidos recursos de processamento de forma parcial ou total em aparelhos de uso  comum, como TV’s, celulares, geladeiras, aparelhos de som, vídeo, imagem, tocadores portáteis e outros gadgets, surgindo assim, a Internet das coisas.

Mesmo com esse mundo de coisas manipulando dados, o esquema “entrada + processamento = saída” ainda é elementar e se faz presente em todos os processos que envolvam bits e bytes. E o papel que o Sistema Operacional exerce neste processo é fundamental. Se imaginarmos o processamento de um dado como sendo uma fábrica, o dado seria a matéria-prima, o programa seria a máquina, o usuário seria o operador, a informação seria o produto final, o computador seria o prédio e o sistema operacional toda a instalação predial de cabos, dutos e tudo o que interliga todas as partes da fábrica para que esta funcione. O Sistema Operacional é todo o aparato lógico que torna possível o funcionamento do computador. Gerencia tarefas, organiza arquivos, controla o computador e permite que o usuário o controle e que o computador realize múltiplas tarefas. É a ponte lógica entre os elementos físicos, lógicos e humanos em qualquer sistema computacional.

Vemos Sistemas Operacionais em todos os dispositivos eletrônicos e muitas vezes são chamados firmwares. As firmwares são tipos de sistemas operacionais robustos e especializados gravados nas memórias ROM de dispositivos. Diferentemente do computador, em que o sistema operacional é instalado na mesma mídia em que são armazenados os arquivos, as firmwares são gravadas em um armazenamento próprio. Assim, as atualizações são totais em que todo o software da firmware é substituído, ao passo que nos sistemas operacionais convencionais, somente uma parte específica do sistema é modificada durante uma instalação.

Os sistemas operacionais para dispositivos móveis são agora um novo e importante recurso para a área de software. Isto pois os aplicativos estão convergindo para a nuvem, ou seja, estão sendo construídos para funcionar na internet. Entretanto, nos celulares e smartphones, ocorre o inverso: as funcionalidades online estão se tornando aplicativos. Isto ocorre por conta do fluxo de dados que precisa ser otimizado nestes dispositivos, diferente dos computadores em que o excesso de aplicativos prejudica o seu funcionamento. Além disso, a padronizações de sistemas operacionais móveis favorece a indústria de smartphones e tablets, pois simplifica o trabalho do desenvolvedor e permite a distribuição de conteúdo com maior escala e de forma mais padronizada e simples.

A importância que os sistemas operacionais hoje exercem é enorme, e vemos hoje grandes possibilidades futuras de novos sistemas operacionais surgindo e integrando computadores e dispositivos em uma única plataforma.

20 de março de 2011

Comandos Básicos de FTP

Seguem a seguir uma pequena lista de comando FTP a ser utilizados no prompt de comandos do Windows ou ainda em qualquer ferramenta de FTP baseada em texto:

  • ftp <endereço do servidor>: É o comando que evoca o FTP. Quando sem argumentos vai para o console diretamente sem se conectar. Quando acrescido de um endereço como argumento do comando, o mesmo tenta se conectar ao servidor indicado.
  • ftp> !: Sair para o shell
  • ftp> ? ou help: Imprimir informações locais de ajuda
  • ftp> append: Acrescentar a um arquivo
  • ftp> ascii: Definir tipo de transferência ASCII
  • ftp> bell: Emitir aviso sonoro ao término do comando
  • ftp> binary: Definir tipo de transferência binária
  • ftp> bye ou quit: Terminar a sessão FTP e sair
  • ftp> cd <nome da pasta>: Alterar o diretório de trabalho remoto
  • ftp> close ou disconnect: Terminar a sessão FTP
  • ftp> delete <arquivo a excluir>: Excluir arquivo remoto
  • ftp> debug: Ligar/desligar o modo de depuração
  • ftp> dir ou ls: Exibir o conteúdo da pasta remota
  • ftp> get ou recv <arquivo remoto>: Receber arquivo
  • ftp> glob: Ativar/desativar a expansão de meta-caracteres em nomes de arquivos locais
  • ftp> hash: Ativar/desativar a impressão de `#' para cada buffer transferido
  • ftp> lcd <nome da pasta local>: Alterar o diretório de trabalho local
  • ftp> literal ou quote <comando a enviar ao servidor>: Enviar um comando FTP arbitrário
  • ftp> mdelete <arquivos a excluir remotamente>: Excluir vários arquivos
  • ftp> mdir ou mls: Exibir o conteúdo de várias pastas remotas
  • ftp> mget <arquivos remotos>: Obter vários arquivos
  • ftp> mkdir <nome da nova pasta a criar>: Criar pasta na máquina remota
  • ftp> mput <nome dos arquivos locais>: Enviar vários arquivos
  • ftp> prompt: Forçar prompt interativo em múltiplos comandos
  • ftp> put ou send <arquivo local>: Enviar um arquivo
  • ftp> pwd: Imprimir a pasta de trabalho na máquina remota
  • ftp> remotehelp: Obter ajuda do servidor remoto
  • ftp> rename <nome do arquivo> <novo nome do arquivo>: Renomear arquivo
  • ftp> rmdir <pasta a excluir>: Remover pasta na máquina remota
  • ftp> status: Mostrar o status atual
  • ftp> trace: Ativar/desativar o rastreamento de pacotes
  • ftp> type: Definir o tipo de transferência de arquivos
  • ftp> user: Enviar informações de novo usuário
  • ftp> verbose: Ativar/desativar o modo detalhado